Cacau
de Ilhéus!
O cacau é o fruto do cacaueiro (Theobroma
cacao). É da família Malvaceae e sua origem é a América Central e o Brasil. A árvore pode atingir
até 6 metros de altura. No sul da Bahia há um dos melhores solos e clima para a sua expansão. A partir do
beneficiamento das sementes de cacau se obterão os dois subprodutos principais
que irão dar origem ao chocolate: o líquor e a manteiga de cacau!
Este cacau da foto, veio justamente de
Ilhéus, considerada a capital do cacau. A cidade
baiana já foi a primeira produtora de cacau do mundo, mas depois da enfermidade
conhecida como vassoura de bruxa, causada pelo fungo fitopatogênico Crinipellis perniciosa,
atualmente Moniliophthora
perniciosa, que infestou as plantações em meados de 1930,
reduziu consideravelmente a sua produção.
O Brasil, então, passou do patamar de país exportador de cacau
para importador, não sendo completamente autossuficiente do produto.
Do cacau ao Chocolate- Um pouco de história!
Há meio milênio, uma canoa cheia de
índios ancorou uma ilha em Ganaja salpicada de palmeiras na costa hondurenha.
Os índios ofereceram a Cristóvão Colombo o que ele supôs ser um punhado de
amêndoas enrugadas. Hoje em dia, essas sementes semelhantes a amêndoas chamadas
de Theobroma, elixir dos deuses, são a base de uma indústria de 60 bilhões de
dólares.
Os arqueólogos dizem que os olmecas,
no que hoje é o México, bebiam chocolate há mil anos antes de Cristo. Pouco
ficou registrado sobre esse enigmático povo primitivo que provavelmente sugavam
a polpa doce dos frutos maduros do cacaueiro.
Os civilizadíssimos maias foram os
primeiros a fazer uma bebida sagrada com o cacau. Eles torravam e moíam as
sementes, misturando o pó com pimenta, ervas e mel silvestre. O cacau ia para o
túmulo com os reis. Quando Colombo chegou, as sementes de cacau eram moedas de
reino.
Era ingerida pelos sacerdotes
em rituais religiosos.
Houve tempo também, na mesma época,
em que as sementes de cacau, de tão valorizadas, viraram moeda corrente entre
os maias e astecas no século XIII. Eram usadas como meio de troca a referencial
de valor.